Rainha dos Mares Serás sempre uma Rainha para mim, minha pirani, por ti viajava pelo deserto do Saara e dava-te a lua. De certa forma estavas lá, em espírito, pois foste a minha inspiração, o meu néctar, por isso não fiques triste, estiveste; uma cadeira vazia, mas plena de emoção, mais que qualquer face sem expressão. Quiseste, não pudeste. Não vieste, mas estiveste. A ironia de ser esta fábula, o destino gosta de ser malandro, mas de certa forma fizemos isto juntos. Pois estiveste no meu coração durante todos os ensaios. Tal como estás comigo, no meu coração, durante a madrugada, e sim, és uma Rainha. Te extraño. Te camelo mucho, rainha dos mares. Fernando Emanuel Pinheiro Sesimbra, 18 de Dezembro de 2023.

Uma Cadeira Vazia Sempre quando estou em círculo sinto que falta sempre uma cadeira, uma cadeira vazia. Era o dia, o espectáculo vai começar; saudades sentidas, esperanças antecipadas; a qualquer momento eu seria visto e batia o meu coração fortemente; irei me esquecer da fala, pisei o palco, agarrei-me à minha inspiração, às memórias que tenho de ti, do teu fascinante olhar e voz de sereia. Quis olhar para ver se via sereias e fadas no público, não olhei,  ainda não, mudei de pele e não me esqueci, feliz pelas palmas, pessoas que não conheço dão-me os parabéns, olhei, uma cadeira vazia na frente. Saudades sentidas, esperanças perdidas. Uma pequena lágrima. Gostava que tivesses visto, a sensação foi incrível, irias gostar. Pois a música está no teu sangue. Fernando Emanuel Pinheiro Sesimbra, 17 de Dezembro de 2023.

És a pessoa com mais talento que eu já vi e com uma alegria que emana dos teus olhos esverdeados e avelã; uma fabulosa heterocromia plena de estrelas; um mar que nunca pude navegar, um sol que pude apenas olhar, um mar onde crescem lírios brancos; um mar que sei que nasce do mesmo índico oceano donde nasce o meu mar; pois a minha alma é boémia como a tua; ainda és o meu mar e sol; a minha Safira, uma ninfa com um aquoso e translúcido vestido; a minha inspiração. Tu foste o meu arrebol, que se afundou no meu marítimo coração. E lá, tu brilhas, como uma Safira. Por ti eu dava-te o meu escarlate sangue como as rosas e cruzar os nossos rios. Te extraño, te camelo tanto. Fernando Emanuel Pinheiro  Sesimbra, 15 de Dezembro de 2023.