Quando ia beber café... Quando havia uma branca... Quando havia troca de lados... Quando falava... Quando... Quando sabia mais que lábios... Quando sorrias... Quando argumentava... Quando me enganava... Quando era intervalo... Quando escrevia... Quando olhava. Pra ti. Quando falava sobre os meus artistas favoritos. Atenta estavas. Não... Não sabia. Invisível pensava que era. Todos agora sabem quem sou. Entre pinarianos poemas e canções. No comboio, de desconhecidos olhares, alvo sou. Apaixonado sabem que sou. Parece uma epopeia. Choro. De felicidade eu choro. A minha telefónica operadora chama. Eu olho. Descubro. E vejo. Surpresa. És tu. Ao lado da minha playlist. As palavras me entram na alma. Me fazem lembrar das ondas. Das cadeiras. De última vez que entraste no café e ouvi a tua feérica voz. Entre o cineteatro e o café. Eu descobri. A minha telefónica operadora chama. Eu vejo. És tu. Ao lado da minha playlist. As palavras me entram na alma. És um dez. Não, trinta. Fazes-me fal...