Essa malvada a mágoa, Que nos consome. Dizeres não ditos o tempo não perdoa, Que não podemos declamar a quem dorme. A nossa sorte nós podemos dominar, Escolhas e as suas consequências fazer. Mas o sono eterno não podemos controlar, Pois esse é o nosso fado de todos nós, E nada podemos fazer. A angústia dilacera o nosso coração, A culpa de não poder travar o inevitável domina-nos. Os fantasmas mnemónicos embora não se vão, Numa caixa sentimental guardados eles relembram-nos. Essa perseguidora dolor, Essa incómoda mágoa! Que nos liberta o amor, Que voluntariamente o nosso coração doa. Por lúgubres jardins plenos de flores multicolores, Aos nossos entes consanguíneos ofertamos a nossa c’roa. Carpindo pelos nossos amores, Da ausência dos nossos criadores e antepassados nós exprimimos a nossa mágoa. Eterno é o nosso luto, Pois nunca iremos deixar de memorizar. As nossas gotas lacrimejantes ext...