Havia uma peça que um dia quando tiver tempo, irei escrever. Uma peça inspirada num grande amigo meu e de muitos actores que infelizmente morreu. Há uns anos fui vítima de violência doméstica pela parte da minha madrasta, esta obrigou-me a frequentar uma comunidade evangélica em Coruche, gerida por Renato Abrantes, um pastor corrupto que de pastor, evangélico ou cristão não tinha nada. Ele era o terror de todos. Quase todos os actores da geração de Ruy de Carvalho, Filipe La Féria e Eunice Muñoz o conheciam. Ainda por cima, Renato odiava católicos e eu fui criado como católico, sendo complicado para mim. Era obrigado a trabalhar de sol-a-sol, sem receber nenhum dinheiro. Eu e todos os outros que sofriam às mãos do terrível pastor Renato. Havia de tudo nessa comunidade, incluindo sem-abrigo, idosos e muitos actores. E erámos todos maltratados, ninguém podia sair da quinta onde trabalhávamos e vivíamos em escravidão. Quem recebia rendimentos do Estado, incluindo pensões, era obrigado a d...

Estreou a 10 de Março de 2025 na RTP, a série mais assustadora e mais vista de Portugal, Finisterra , de Guilherme Branquinho e Leone Niel, com produção de Take It Easy Films e Wild Fang Films. Com um elenco excelente com nomes como Gonçalo Waddington, Miguel Guilherme e Leonor Vasconcelos como a protagonista Celeste. Sempre às segundas-feiras e com muitos sustos! Amanhã, dia 21 de Abril, vai ser o último e aterrorizante episódio da primeira temporada! Tive a honra de participar neste projecto arrepiante e magnífico. No ano de 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, no Barlavento algarvio, na vila de Aljezur, Celeste é acusada de bruxaria, determinada a provar a sua inocência, vai tentar descobrir o que se passa em Aljezur. Será que existem mesmo bruxas e adoradoras do Diabo? Dancem connosco para descobrir...

Ruído , a nova série humor de Bruno Nogueira. Brevemente. Não digam nada a ninguém.

" Quando os nazis levaram os comunistas, fiquei calado; pois eu não era comunista. Quando levaram os sindicalistas, fiquei calado; pois eu não era sindicalista. Quando prenderam os social-democratas, fiquei calado; pois eu não era social-democrata. Quando prenderam os Judeus, fiquei calado; pois eu não era judeu. Quando vieram me buscar, não havia mais ninguém para protestar. " Martin Niemöller, pastor luterano e antinazi (1892-1984). Tive o prazer de ver a obra-prima que foi ver " Prove You Are Human: É prá Manhã ", de Afonso Miguel Guerreiro, no IEFP do Seixal. Uma sensação incrível e de coragem em trazer uma mensagem de paz e união entre os homens, mulheres e não-binários, seja qual for a sua etnia, orientação sexual, identidade de género ou religião. Havia Dioniso, o deus do teatro, do vinho, do êxtase e da luxúria; um deus andrógino da comédia e da tragédia; dionisíaco e apolíneo em simultâneo. Adorei ver a cena em a futura (ou actual?) polícia neofascista leva...

Venham ver esta comédia negra, Festa de Aniversário , de Harold Pinter. Encenação de António Pires. Com Adriano Luz, Ana Nave, Cláudio da Silva, Graciano Dias, João Barbosa e Vera Moura. Até dia 20 de Abril de 2025 no Teatro do Bairro!

Pensando. Pensando no sósia. O sósia de Santa Maria. Cópia em tudo. Os gestos, o olhar. Tudo. Representando eu estava. Estudando estavam eles. O sósia olhou como se me conhecesse. Não estava à espera. Não ali, em Santa Maria. Explicou-me o que era um enfarte. Quase tinha um enfarte. Não agudo, mas de saudades. Saudades de nadar, andar e surfar. Tempos idos. Também tenho saudades. Mas o tempo passou e fui em frente. Encontrei a felicidade noutro lugar. Mas não esqueço o passado. Não esqueço as pessoas ou lugares com quem já fui feliz. Está presente nas minhas memórias. Ainda surfam. Baixinho, mas ainda. Sempre procurei um porto de abrigo. Nunca encontrei. Ando à deriva. Tenho dois caminhos. Duas estrelas para guiar. Será que se revisitar o lugar onde fui feliz, Serei feliz? Teria a Lua razão? O mar ainda me chama? O Sol ainda me chama? Talvez vá à praia ser feliz. Eu era feliz e não sabia. Fernando Emanuel Pinheiro Brejos de Azeitão, 16 de Abril de 2025.

Numa relação tóxica, a pessoa tóxica pensa que o ciúme é uma demonstração de amor e valor pela outra pessoa, quando nunca é. Tenta justificar o sentimento negativo dessa forma e vai com o passar dos anos controlando a vida do(a) parceiro(a). Acabando por afastar os amigos do(a) parceiro(a). Os ciúmes, que toda a gente tem ou já teve, não são uma demonstração de amor, são uma demonstração de medo de perder alguém ou uma demonstração de posse, costuma ser normalmente o último caso. Ciúmes saudáveis não existem. Ciúmes são sempre negativos. Mesmo quando são ciúmes leves que desaparecem segundos depois, nascidos a partir do medo de abandono. Já os ciúmes que são uma demonstração de posse, são os chamados ciúmes patológicos e é uma doença mental. Os ciúmes patológicos são uma das causas de uma relação tóxica. O ciumento patológico usa o Instagram e outras redes sociais como forma de controlo. Usa a proibição e o afastamento de amizades como forma de controlo. Os amigos são sempre potenciais...

Ainda nos dias de hoje existem, infelizmente, relações tóxicas. Nós conhecemos alguém, que no fim se revela uma pessoa tóxica, manipulativa, cruel, patologicamente ciumenta, invejosa, apática, oportunista, narcisista, sociopata, psicopata e sem escrúpulos ou empatia; que sofre de uma doença mental chamada distúrbio de personalidade anti-social; conhecida vulgarmente nos filmes de terror como psicopatia ou sociopatia (no século XIX, a psicopatia não se referia apenas ao distúrbio de personalidade anti-social; para os psiquiatras, a psicopatia era um sinónimo de doença mental, logo todos os doentes mentais eram " psicopatas " naquela altura, entretanto, o significado de psicopatia mudou e agora ser psicopata significa apenas ser anti-social). Nessas relações tóxicas, o sociopata acredita que o ciúme é justificado e é uma demonstração de valor e amor ou amizade pelas outras pessoas, quando na realidade, nunca é. Tentam justificar, em vão, os seus ciúmes patológicos; e vão contro...

Ontem na aula de Oficina de Teatro na Arte Plus Ars, com Ana Saltão; foi um dia pleno de erudição, poesia e magia. Magia trazida de grandes génios de literatura. A Glória Lima trouxe de Fernando Lopes-Graça, uma ode à liberdade; a Cláudia Martins trouxe um poema lindíssimo sobre amor de Florbela Espanca; a Margarida Santos trouxe um poema sobre viver o momento de Alberto Caeiro (heterónimo de Fernando Pessoa); e eu trouxe Batalha , de David Luís Soares; uma fábula alegórica sobre a vida, a morte e o fenómeno religioso do ponto de vista de uma ratazana e dos animais. Também falamos do magnífico dramaturgo Constantin Stanislavski e sua análise psicológica de personagens. E também falamos de José Saramago e o seu estilo de escrita na forma como usa a pontuação. Foi um bom momento passado com mestres de Arte que foram ou são artistas no seu meio. Fernando Emanuel Pinheiro Almada, 14 de Abril de 2025.

Hoje é o Dia Mundial da Arte, dia 15 de Abril, o dia em que nasceu o polímata Leonardo da Vinci. Como tal, nada melhor do que estar a escrever um conto, um poema, uma epopeia ou até um romance. D. Sebastião irá regressar, não a Lisboa e Almada como pessoa de carne e osso, mas à cultura portuguesa como um símbolo neste ano que celebra a obra de Fernando Pessoa. No meu poema, Tageia , ele já veio. Há que celebrar D. Sebastião e o sebastianismo que culturalmente vive nas obras de Rui Silvares, David Luís Soares ( A Conspiração dos Antepassados ), Fernando Pessoa ( A Mensagem ), o padre António Vieira, Gonçalo Anes Bandarra, Luís Vaz de Camões; entre outros autores. O ano de 2024 foi os cinquenta anos do 25 de Abril; 2025 será os noventa anos da morte de Fernando Pessoa (faleceu a 30 de Novembro de 1935). Já neste passado Dia Mundial da Poesia, Ana Lua Caiano trouxe ao palco da Casa Fernando Pessoa um concerto de inspiração pessoana. Por isso mãos à obra, que tenho que escrever e trazer D....

No dia 17 de Abril de 2025, estreia no IEFP do Seixal, Prove You Are Human: É prá Manhã , de Afonso Miguel Guerreiro! 25 de Abril, sempre!

Estreia na TVI às 22:15, nos dias 11 e 12 de Abril de 2025, a minissérie de três episódios, Mulheres às Armas , de Filipa Martins, Patrícia Sequeira e Cristina Ferreira; com Sílvia Chiola, Madalena Almeida, Sara Carinhas, Victoria Guerra, Dalila Carmo, Fernanda Serrano, Rui Oliveira, Rita Rocha Silva, Patrícia Creio, entre outros. Tive a honra de participar neste valoroso projecto. Mulheres às Arnas conta a história do grito de batalha de uma geração de quatro mulheres que procuraram a emancipação e lutaram por um país mais justo e igualitário. Um testemunho de poder da solidariedade feminina e da luta pelos direitos e liberdades fundamentais. Viva o 25 de Abril, sempre!

A luta continua!

Vejam esta belíssima história onde tudo é possível acontecer! Os Quintais da Memória , de Ever Martin Blanchet, no dia 12 de Abril no casino da Trafaria! Com interpretação de Rui Jorge Oliveira e encenação de Ana Saltão; uma criação da Arte Plus Ars.

Amores não-correspondidos. Amores correspondidos. Amizades que evoluem para algo mais. Amores que se esfriam. Amores que se metamorfoseiam em ódios. Rejeição ou aceitação. Admiração ou obsessão. Amores platónicos. Amores paternos ou maternais. Amores fraternais. Amores filiais. Amores incondicionais. Amores românticos. Amores carnais. Há quem não tenha nada disto. Há quem tenha tudo isto. Nada existe mais puro que o amor. Já fui rejeitado, um amor não-correspondido. Já fui aceite, um amor correspondido. Já rejeitei também. Contudo nunca encontrei um amor incondicional, Porque existe sempre condições, nem que sejam aquelas que eu próprio criei. Aquilo que mais me custa é rejeitar alguém porque não sinto o mesmo que essa pessoa, mesmo que isso implica perder essas amizades. Eu sei, mas a vida é mesmo assim. Nada posso fazer, Não vou atrás de ninguém, Nunca fui, nem irei. Eu já amo uma pessoa (não vou dizer quem é); Até pode ser não-correspondido; mas também pode ser correspondido. O temp...

A mensagem de Paulo Dias durante o Dia Mundial do Teatro: "DIA MUNDIAL DO TEATRO CARTA ABERTA: TEMOS O APOIO DO PÚBLICO, FALTA O DO ESTADO A desigualdade entre a cultura gerida pelo Estado e a cultura sustentada por privados é cada vez mais evidente. Enquanto as entidades públicas têm garantias financeiras, os agentes culturais independentes enfrentam diariamente o desafio de vender bilhetes, garantir a estabilidade das equipas de trabalho, manter as infraestruturas, assim como preservar edifícios históricos para continuar a trabalhar em prol da cultura. Além disso, há entraves vindos de programadores que dificultam ou até censuram projectos, tornando as digressões mais complicadas e impedindo que os espectáculos cheguem a toda a população. Poucos sabem que os fundos do PRR não contemplam as empresas privadas que actuam no sector cultural. Um exemplo gritante é o Teatro Tivoli: um edifício classificado como monumento de interesse público, mas sem acesso a qualquer programa de apoi...

Recomendo a todos os amantes de teatro e poesia a participar neste projecto. Uma leitura colectiva da peça " Imaculados ", de Dea Loher. Dia 8 de Abril. Inscrição gratuita. Bora? Parece interessante.

Inveja é um sentimento feio. Mas quem tem inveja, no fundo sabe, aquilo que não tem. Tenho pena das pessoas que têm inveja. Fernando Emanuel Pinheiro 07 de Fevereiro de 2025.

Racismo nas forças policiais não é algo novo, nem é a primeira vez que acontece. O que aconteceu no Bairro da Jamaica aconteceu também noutros locais de Portugal. Durante o reinado de D. Manuel houve o Massacre de Lisboa onde vários Judeus foram chacinados por cristãos no Rossio em Lisboa. Fernando Emanuel Pinheiro 23 de Janeiro de 2019.