Ainda nos dias de hoje existem, infelizmente, relações tóxicas. Nós conhecemos alguém, que no fim se revela uma pessoa tóxica, manipulativa, cruel, patologicamente ciumenta, invejosa, apática, oportunista, narcisista, sociopata, psicopata e sem escrúpulos ou empatia; que sofre de uma doença mental chamada distúrbio de personalidade anti-social; conhecida vulgarmente nos filmes de terror como psicopatia ou sociopatia (no século XIX, a psicopatia não se referia apenas ao distúrbio de personalidade anti-social; para os psiquiatras, a psicopatia era um sinónimo de doença mental, logo todos os doentes mentais eram "psicopatas" naquela altura, entretanto, o significado de psicopatia mudou e agora ser psicopata significa apenas ser anti-social). Nessas relações tóxicas, o sociopata acredita que o ciúme é justificado e é uma demonstração de valor e amor ou amizade pelas outras pessoas, quando na realidade, nunca é. Tentam justificar, em vão, os seus ciúmes patológicos; e vão controlando a vida dos seus parceiros ou dos seus amigos. Este género de sociopata é aquela paixão ou amizade tóxica que vos afasta dos vossos verdadeiros amigos ou familiares e vos obriga a fazer coisas que vão contra a vossa moralidade, como por exemplo obrigar a mentir ou fazer algo que, normalmente, irá contra a vossa ética. É aquele sociopata que vos difama aos vossos amigos e familiares e vos humilha perante os outros. Que diz sempre mal de toda a gente por detrás das costas. Um sociopata é um oportunista, que não passa de um preguiçoso que fica com os lucro dos outros, mas que não faz nada sozinho e precisa de ser o centro das atenções. Um sociopata não trabalha, obriga os outros a trabalhar; é por isso que muitos psicopatas são patrões e donos de empresas. Elon Musk, Donald Trump, André Ventura e Rita Matias são conhecidos psicopatas, Adolfo Hitler ou António de Oliveira eram também conhecidos psicopatas.
Os ciúmes toda a gente tem ou já teve, e quem diz que nunca teve, está a mentir porque tem vergonha, e tem-na com razão, pois o ciúme não é um sentimento positivo em nenhuma situação, o ciúme é uma ferida, é uma dor. Eu próprio já senti ciúmes, e nada de bom traz esses ciúmes, apenas dor. Nunca senti ciúmes patológicos, porque acredito que no amor deve existir liberdade e que a pessoa amada é isso mesmo, uma pessoa, não é nenhum troféu ou objecto. O ciúme é dor e as dores são negativas e não são positivas. O ciúme nasce a partir do medo irracional de abandono. Não tem lógica tratar-mos o ciúme como amor, quando é apenas sofrimento. Amor não é sofrimento. Paixão é que é sofrimento. Mas amor e paixão não são a mesma coisa. O amor nunca é sofrimento, se existe apenas sofrimento, mas não existe afecto e compaixão, não existe amor. O ciúme é um sentimento tóxico e não é uma demonstração de amor, é uma demonstração de insegurança ou medo de perder alguém; ou então, no caso dos ciúmes patológicos, é uma demonstração de sentimento de posse ou de possessividade. E quando é uma demonstração de possessividade, falamos de ciúmes patológicos e é uma doença mental. Não existem ciúmes saudáveis, o ciúme é uma ferida, é um sintoma e logo deve ser tratada como tal. E cura para esses sintomas é com amor e amizades genuínas. Não é com controle nas redes sociais e na vida social da vítima. Outra táctica de um sociopata com ciúmes patológicos é recusar falar com a vítima, fazer ghosting ou bloquear nas redes sociais. O narcisista sociopata faz isso para procurar uma reacção pela parte da vítima, que obriga a vítima a implorar por perdão por algo que não tem culpa. A vítima nunca deve perguntar ao psicopata porque este a bloqueou ou não fala com ela. É isso que o sociopata quer, provocar conflito, criar uma reacção, ser o centro das atenções e justificar os seus ciúmes doentios.
Um sociopata quase não tem emoções e tem carência de empatia ou compaixão. A empatia é a capacidade de se porem no lugar do outro e sentirem a mesma dor que o outro sente e ajudá-lo a superar essa dor; de se identificarem com a outra pessoa e de partilharem os seus sentimentos e motivações. A empatia é uma característica inerente ao ser humano, todos os seres humanos têm empatia, excepto, claro, os sociopatas. Um sociopata não possui empatia, e é por isso que nunca se apaixona por alguém, porque não se identifica com ninguém. As únicas emoções que um sociopata possui são inveja, ciúme, arrogância, ira ou ódio. Um sociopata não sente amor, nem sabem o que é amor; um sociopata nunca se apaixona, nem nunca irá se apaixonar. O sociopata apenas quer subir na vida e passar à frente dos outros, não sente remorsos ou arrependimento, quer fama, quer ganhar e quer ser o centro das atenções. Mas um sociopata sente um sentimento verdadeiro e não fingido, algo que nunca irão ter, a tristeza de não serem amados; mas um sociopata não tem empatia, quem não tem empatia, não ama, não se apaixona; e a pergunta que se coloca e irá sempre se colocar: Como se pode amar alguém que não ama ninguém?
Fernando Emanuel Pinheiro
Brejos de Azeitão, 16 de Abril de 2025.
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