Dos abraços eu não posso dar.
Dos beijos eu não posso dar.
Tiquetaque.
Tempo eu não tenho.
A tua voz me apraz, saudades dela eu tenho.
Tanto te quero eu.
Tanto te choro eu.
Magoada não te gosto ver.
Pois sei culpa minha é.
Saudades eu tenho de te ver.
Terrível a culpa minha é.
Horrível o arrependimento é.
Não fiz aquilo que devia ter feito.
Não disse aquilo que devia ter dito.
Que sempre te amei.
Amei, amo e amarei.
Quando o reflexo eu vejo.
Aquilo que desejo sei.
Eu e tu tornámo-nos num só.
Quase gémeos reflexos.
Aí o choro aperta e aí a revelação nos acerta.
Aí sei aquilo que quis, quero e quererei.
Tu. A minha eterna musa.
Eu quero-te.
Quero-te tanto.
Tiquetaque. Tudo ou nada.
Eu quero tudo.
O teu sorriso eu quero.
O teu sonho eu quero.
O teu olhar eu quero.
A tua arcana alma desvendar eu quero.
Ouvir a tua voz a transbordar de alegria eu quero.
Dividido eu estou.
Entre paixão e amor estou.
Entre o teu amor ou paixão efémera eu estou.
Mas o meu Coração quer.
Quer o querer amar.
Na crepuscular contemplação carinho e companhia eu quero.
Contigo ao meu lado quero.
Tiquetaque.
Quero-te tanto.
Quero.
Eu não te amo.
Eu quero-te.
Fernando Emanuel Pinheiro
Coruche (Branca), 15 de Janeiro de 2022
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