Um sonho, eu tive.
Sonhei com uma belíssima fada que me dizia: Até
amanhã.
Acordei pleno de esperança e com uma vontade de ver o
mar.
Estava triste, como o mundo tivesse acabado.
Sentado, derrotado, num banco; dominado pela ansiedade.
Pelo perigo daquilo que ainda não aconteceu.
Olhando para o sorumbático mar e sentindo agreste
vento na face.
Eu vi, eu vi a minha fada do sonho, a minha sereia, a
fonte da minha esperança.
Não via-a à meses, ainda era linda, voltei a sentir
esperança.
A esperança quando sonhei com uma feérica voz a dizer:
Até amanhã.
Arrependo-me de dizer que acabou e que não aguentava
mais.
Ainda dói, foi como se tivesse sido ontem.
Ajuda-me, preciso de sentir a tua alegria e fogo.
Através dele, sinto esperança.
Tenho saudades daquele fogo.
Das mandalas desenhadas na areia.
Das tuas aparições no canto da rua.
De chegares atrasada.
De dizeres: Até amanhã.
Eu vi, eu vi a minha fada de caracóis de ouro, a minha
pequena flor púrpura.
A minha estrela mais brilhante da música.
Estava diferente, com umas janelas onde se viam as
estrelas da sua alma.
Reconheceu-me, ajeitou os óculos e fingiu não ser
reconhecida como se fosse a Supermoça.
Leva-me contigo, quero viver contigo, quero ir viver
no teu Krypton.
Pode não ter sido amor à primeira vista, mas foi
paixão e sonho à primeira vista.
Louvores da FNAC ou da MEO não
interessam, pois no fim o sonho irá sempre brilhar.
Até um dia.
O sonho estava certo.
“Até amanhã”.
Fernando Emanuel Pinheiro
Brejos de Azeitão, 10 de Junho de 2024.
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