Quando fui sozinho ao forte, nunca imaginei que...
Estivesses no meu coração.
Quando fui à paradisíaca praia nunca imaginei, que estivesses atenta, atenta aos meus trilhos.
Não sabia, mas tu sabias.
Decifravas os meus trilhos emocionais.
"Ele deve ter ido ver as pegadas de arcaicos animais".
Fui.
"Ele deve ter ido à paradisíaca praia".
Fui.
"Ele deve ter ido ao forte".
Fui.
Subi, andei, corri, escalei, nadei.
À procura de liberdade e felicidade.
Encontrei alegria, tristeza e saudade.
Escalei e desci pétreos e labirínticos trilhos cobertos de natureza.
Maravilhei com a paradisíaca praia e encontrei a paz e liberdade.
Dormi na gélida praia na foz a olhar para a estrelada noite.
Subi a serra e contemplei o profundo azul onde vive uma naútica memória.
Pelos trilhos onde vivem memórias de arcaicos animais eu passei.
Pela floresta onde vive o teatro eu passei.
Um paraíso perdido.
O ouro sobre azul eu vi.
O arrebol e o sol afundar-se no azul eu vi.
Pelo pedregoso chão eu pisei e senti.
E vi, senti, imaginei.
E vi, na paradisíaca praia, eu vi.
A tua alegria, uma sorridente sereia.
Surpreendido fiquei. Como sabias?
Este tempo todo, tu sabias.
Este tempo todo tu contemplavas também o profundo azul, onde eu estava.
Este tempo todo eu contemplava também o profundo azul, onde tu estavas.
Comtemplava a memória da tua alegria, o afecto pelos animais, amares a natureza e a adrenalina; a tua honestidade e teimosia.
"Ele sentiu saudades".
Senti.
"Perdoas?"
Perdoou.
E tu, perdoas-me?
Fernando Emanuel Pinheiro
Cruz de Pau, 09 de Janeiro de 2024.
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